Brasil Enfrenta Crise de Profissionais de TI: Déficit Aumenta e Mercado Não Consegue Reter Talentos
Com um déficit previsto de 530 mil profissionais de TI até 2025, o Brasil enfrenta uma grave escassez de mão de obra qualificada na área de tecnologia da informação. A demanda crescente por serviços tecnológicos, somada à dificuldade de reter talentos, especialmente os mais experientes, está causando um impacto negativo no mercado. Além disso, a “juniorização” do setor e o assédio de empresas estrangeiras, que oferecem salários em moedas fortes, agravam ainda mais a situação.O mercado de tecnologia da informação (TI) no Brasil está em alerta. De acordo com um relatório de 2023 da Google for Startups, o país terá um déficit de 530 mil profissionais de TI até 2025, resultado do crescimento exponencial da demanda por serviços tecnológicos e da incapacidade de formar e reter talentos qualificados.Esse déficit é impulsionado pela transformação digital em diversas empresas, que aumenta a necessidade por profissionais em áreas como desenvolvimento de software, segurança da informação, análise de dados e infraestrutura de redes. No entanto, o sistema educacional brasileiro não consegue suprir essa demanda. A Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) estima que o país forma apenas cerca de 53 mil profissionais de TI por ano, muito abaixo do necessário.No Distrito Federal, onde a segurança de dados governamentais é crítica, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que mais de 100 mil novos profissionais serão necessários até 2025. Carlos Jacobino, presidente do Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal (SINFOR-DF), destaca a dificuldade em encontrar e reter mão de obra qualificada, principalmente devido à concorrência com empresas estrangeiras que oferecem salários em moedas fortes, como dólar e euro, desvalorizando ainda mais o real e dificultando a competição para empresas locais.Outro desafio significativo é a retenção de profissionais seniores. Ciro Jacob, fundador e CEO do Meu RH 360, aponta que a saída desses talentos para o exterior impede a transferência de conhecimento e prejudica a formação de novos especialistas.#JuntosSomosMais!#ciberseguranca#cibersecurity#ia