Entrevista com a Vice Presidente de Transformação Digital e Startup da ASSESPRO/DF – Cristiane Pereira, sobre Capacitação e Empregos na área de TI.

Três perguntas para / Cristiane PereiraVice-Presidente de Transformação Digital e Startup da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-DF), Vice-presidente de apoio e fomento a startups brasileiras da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, consultora credenciada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e gestora do Espaço Multiplicidade Escritório Colaborativo.Como a pandemia alterou esse cenário para a área de TI? Podemos falar em uma aceleração de uma tendência já existente? A pandemia fez com que o mercado de Brasília, Brasil e mundo virasse global, então, hoje, um profissional não precisa necessariamente morar em Brasília para atuar tecnicamente e profissionalmente numa empresa de Brasília, por exemplo. As empresas têm um alcance mundial de mão de obra qualificada. E, sim, a pandemia veio para acelerar esta tendência.Na sua visão, falta investimento no ensino da área no Brasil? E, especificamente, na capital federal? Meu ponto de vista sobre o ensino no Brasil, e, especificamente, em Brasília é de que não estamos de olho no futuro. Precisamos começar a trabalhar na base, jovens das escolas precisam começar a entrar neste mundo de startups, tecnologia, empreendedorismo. Precisamos alterar nossa grade curricular da base da universidade pensando nesse futuro que hoje já é presente. E o investimento deve ser destinado a isto. O incentivo de acesso a tecnologias por todos.Qual conselho a senhora daria para quem ainda sonha com uma oportunidade na área e se capacitar adequadamente? Meu conselho é que pesquisem adequadamente na internet, não fiquem apenas navegando em redes sociais, busquem conhecimento. Hoje, temos muitas qualificações “0800” na internet para quem quer se tornar um desenvolvedor de software, games, aplicativos mobile, design, dentre tantas outras profissões. Precisamos fazer com que nossos jovens usem melhor o seu tempo. Cursos gratuitos e de qualidade são inúmeros, o que é necessário hoje é dedicação e interesse. Mas, também acho que falta uma política pública adequada para condensar estas informações em algum local, dando facilidade de acesso aos que mais precisam e, por vezes, não sabem onde procurar.Sobre o mercado de trabalho. https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/trabalho-e-formacao/2021/05/4926392-apagao-na-area-de-ti-sobram-vagas-mas-falta-mao-de-obra.html